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terça-feira, 23 de setembro de 2014

O Cliente me chamou, e agora? - Finalizando

Bom, até agora falamos de como ser o dono do próprio negócio sem pecar na hora da negociação. Falamos sobre como fazer um orçamento de trabalho como prestador do serviço, sobre a importância de um briefing claro e objetivo e, por fim, como saber utilizar a verba disponível do cliente para a ação. Com tudo isso, de uma coisa podemos ter certeza: não há regras nem procedimento padrão para se ter sucesso como empreendedor.

O sucesso está implícito na forma que você conduz o seu negócio e como você se vende para o mercado. Poderíamos aqui falar da influência positiva e negativa que um cartão de visitas provoca em um cliente, de como não ser inoportuno nas redes sociais e ou de como agradar com mimos e cuidados seus contatos, mas tudo isso ainda seria em vão se o propósito da existência da sua empresa não ser a transparência, o trabalho e a dedicação.  
Então, andei pensando em como conceituar um pouco o Empreendedorismo, de forma que fique clara a mensagem que pretendia transmitir com essas dicas em cada postagem:
Empreendedor é um indivíduo que imagina, desenvolve e realiza visões. Ele está sempre buscando novas ideias e criando alternativas. Trabalha com uma meta estabelecida e consegue realizar seu grande sonho (objetivo), com muito trabalho e dedicação.
Auto-explicativo, qualquer comentário a mais seria o mais do mesmo.

Para finalizar o assunto, listei alguns itens que podem ser um diferencial na hora de se tornar o dono do próprio negócio: 

1. Foco - saiba o que você quer, onde quer chegar e de que maneira

2.Captando Clientes - não existe negócio sem eles. Trate-os como gostaria de ser tratado.

3. Divulgação - você não abre uma empresa para não ser vista. Capriche na forma que vai mostra-las para as pessoas.

4. Preço - Você pode ser o melhor naquilo que faz, pode realizar o sonho da vida do cliente, mas tudo depende de quanto vai sair do bolso dele para ter esse sonho realizado por você. 

5. BriefingQuanto mais você perguntar (brifar) o seu cliente, mas você terá artifícios para uma boa execução.

6. A açãoConcentre-se no que o cliente quer e em como conseguir executar. Se preocupe com o seu trabalho e faça conforme o combinado.

7. O Depois - Sempre é bom deixar um gosto de quero mais para que o cliente volte a chamá-lo.

8. PortfólioTudo o que você faz, vira currículo! Em comunicação, mais do que um bom histórico descrevendo suas atividades e virtudes, o portfólio de ações será o seu cartão de visitas!

Bom, espero ter ajudado.
Boa sorte.
Só não esqueça que o bom negócio depende mais de juízo...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O Cliente me chamou, e agora?? - Passo III

Bom, nobre empreendedor, agora que você já sabe como fazer um orçamento para prestar um serviço e como construir um briefing adequado do que o seu cliente quer, o que está faltando?
Considerando que você já está (digamos) contratado e sabe onde precisa chegar e como, resta saber quanto o seu cliente tem para investir. No primeiro momento, você orçou o seu serviço, mas e para as ações que ele quer?

Não sei se já percebeu, mas cliente sempre tenta dar o seu "pitaco pessoal", principalmente quando o assunto é comunicação. Para ele, é só fazer um folder, um comercial, uma festinha e tá tudo certo (Marcelo Tavares, lembro sempre de ti quando tenho que falar isso). Porém, você, como bom profissional, sabe que o buraco é bem mais embaixo. Antes de fazer qualquer atividade, precisa fazer uma 'imersão consultiva', uma espécie de papo reto com o contratante pra saber se o que ele quer é realmente o que ele quer e quanto ele tá disposto a investir nisso.
Mas, porque saber se o que ele quer é realmente o que ele quer?? Confuso? Nem tanto. O cliente precisa entender que se ele quer aumentar sua visibilidade no mercado, não é um folder que vai resolver. Se ele quer interagir com  a comunidade, não será vendendo rifa. Enfim, acho que o contexto ficou claro.
 

Ok, você já tem o briefing, sabe o que o que o cliente quer e tá na hora de colocar a mão na massa! É o momento em que o cliente deixa de falar para ouvir o profissional que, no caso, é você. Com tudo o que você já sabe dele e onde ele quer chegar, fica mais fácil de diagnosticar a situação e fazer um prognóstico condizente com a VERBA DISPONÍVEL. Palavreado de médico difícil? Ok, digamos então que, através do briefing, você pode entender a situação real do cliente e projetar o sonho da vida dele daqui pra frente. Mas (e bem massss), tudo depende da verba que ele disponibilizar para o processo todo.
Mesmo que seja o caso de fazer só um folder, analise friamente que há o custo de criação, de produção, de entrega e de distribuição (folder não foi feito para ficar na gaveta). Tudo o que você for propor de inovador vai sair do bolso do cliente, então, trate de construir bons argumentos para executar o que você acha que é o mais adequado para ele.

Proponha todas as  ações que você acha pertinente para alcançar os objetivos propostos e verifique o que a verba que ele liberar alcança. Bom, daí você vai me perguntar: e se o cliente quiser tudo e não sabe quanto "o tudo" vai custar? Eu respondo: Se antecipe!
Digamos que vc quer propor uma ação de panfletagem, como oferecer para o cliente?
1. Diga a eficácia da ação, argumente porque será bom para o negócio dele.
2. Exemplifique, apresente casos em que esta mesma ação foi realizada e obteve sucesso.
3. Faça até 3 orçamentos cotando este serviço, mas não seja ingênuo, na hora de apresentar os valores, não abra sua fonte, crie uma planilha própria no excel e envie. Não sei se você sabe, mas tem muito cliente esperto por aí que dispensa o serviço do profissional e vai direto na fonte.
4. Tente usar parceiros e fornecedores que você já conhece o trabalho, para não ter surpresas negativas na execução da ação.

Bom, com orçamentos de fornecedores na mão, apresente custo a custo de cada atividade que você está propondo, assim ficará mais fácil do cliente optar pelo que ele pode pagar e acredita que será uma boa estratégia. 
Não se esqueça: dinheiro não dá em árvore e muito menos dá cria... se o cliente tem até 10 mil reais para investir em uma estratégia de comunicação, não conte com tudo no primeiro momento. Se você já tem certa experiência na área, sabe que lá pelo meio do caminho ações pagas vão surgir, e a verba disponível não vai aumentar. Se possível, comprometa até 60% do valor disponível, se sobrar, melhor. Mas, se no decorrer do projeto surgirem novos rumos, você terá uma válvula de escape.

A gente continua na próxima!


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Cliente me chamou, e agora?? - Passo II

Dando continuidade ao post anterior, vamos seguir na ideia de que profissional da comunicação é um prestador de serviço, ok?

Então, agora que você já sabe como fazer um orçamento para o seu cliente e, digamos que te aceitou, agora começam a vir os detalhes.
Ótimo, como prosseguir, então?
Bom, partido do pressuposto que você entendeu o contexto/ideia do cliente quando estava fazendo o orçamento, está na hora de aprofundar e detalhar a atividade. Neste momento, entra o famoso briefing.
Para contextualizarbriefing é um conjunto de informações, uma coleta de dados para o desenvolvimento de um trabalho. Palavra inglesa que significa resumo em português. O briefing é a base de um processo de um planejamento. Ou seja, será o seu norte para planejar e executar a ação.
Por essa razão, ele precisa ser bem estruturado, de acordo com o tipo de serviço que você oferece. Mas, como construir uma boa base de informações para você se guiar? Ou por acaso está pensando em ficar ligando de 5 em 5 minutos para o cliente perguntando? Cuidado, ele pode te demitir antes mesmo do projeto começar (rs).

Bem, vamos à parte prática:

1.O que você já sabe sobre o Job e como perguntar?
Volte para a primeira conversa com o cliente e tente fazer uma lista ESCRITA de perguntas sobre o que você vai precisar para planejar e executar a ação. Importante que ela seja escrita, mas evite enviar um questionário num anexo por e-mail, o cliente não tem tempo nem paciência para ficar respondendo. Tenha as perguntas com você, na hora da reunião ou por telefone, faça uma por uma. Utilize o e-mail apenas para registrar essa conversa e para dados como telefones, cnpj, conta bancária... que você não tem obrigação de lembrar nem o cliente de passar via telefone (lembre-se da segurança das informações).

2. Que perguntas não podem faltar?
A Construção do briefing não tem um padrão, varia de acordo com cada trabalho, mas tem informações que podem estar em toda e qualquer coleta que você fizer, por exemplo:

  • Nome, endereço, cidade, telefone, nome do contato e CNPJ da empresa - se você precisa contratar fornecedor, são os dados dela que servem de registro, afinal, a ação é do cliente, não sua. Aliás, evite contratar terceiros em seu nome, isso pode implicar na verba destinada para a ação. O seu orçamento é para o seu serviço prestado, lembre-se disso!
  • Contatos, parceiros e fornecedores já definidos pelo cliente - tente não inventar moda, se o seu cliente tem um parceiro fiel, um amigo de longa data ou um fornecedor que dá desconto, utilize-os de forma que beneficie o projeto e, porque não, futuras ações suas. Claro, se na hora que você for orçar o serviço terceirizado verificar que o valor é absurdo e fora do mercado, sugira discreta e amigavelmente outro parceiro, mas já tenha em mãos o valor e a eficácia que o seu fornecedor oferece.
  • Público Alvo, metas e objetivos - tenha em mente que, se você foi contratado, é para fazer alguma coisa para alguém ou algo específico (público), que quer chegar em algum lugar (objetivos) e em determinado tempo (metas). Então, defina claramente com o cliente para quem você fará o job e onde você precisa chegar.
  • Prazos, datas e locais - lembre-se que o universo não gira em torno da sua ação (infelizmente). Por isso, analise com cuidado quanto tempo você precisa para planejar e executar efetivamente as suas atividades. Se depende de data comemorativa e de local a ser reservado, já o faça assim que tiver batido o martelo com o cliente. Nem sempre você irá encontrar o local desejado na data específica. Saiba negociar, tanto com o fornecedor quanto com o cliente, afinal, ele também precisa entender que não depende só de você.
  • Estratégia de Ação - defina bem como você pretende alcançar os objetivos. Primeiro porque um profissional de verdade deve ser, no mínimo, organizado. Segundo, porque o cliente vai querer entender seus passos desde o planejamento até a execução. Ter uma estratégia é fundamental para que você trace um passo a passo e fique seguro nas atividades realizadas. Quando não se tem uma estratégia, é de costume agir sem pensar ou ir conforme a filosofia zeca pagodiana em "deixa a vida me levar". Você é um profissional, não queira depender de um vento a favor. Deixe claro para o cliente que pode confiar no seu trabalho.

Tem muita coisa pra se colocar em briefing, mas como já citei, depende muito de cada ação. O importante neste momento da negociação com o cliente é saber os detalhes, para quando chegar o "grande dia", não acontecer os já corriqueiros "não foi isso que eu imaginei" ou eu pedi para ser à noite e não de dia".

Bom, espero que tenha entendido o recado, quanto mais você perguntar (brifar) o seu cliente, mas você terá artifícios para uma boa execução. As dicas acima são básicas, se você precisa de fato construir um briefing, fica a dica de pesquisa no google, o mestre dos mestres da informação sempre tem um modelo em pdf, doc, jpg ou afins pra te ajudar.
Colegas da comunicação também sempre tem um modelo em seus arquivos, não se acanhe e peça uma ajuda!

Até a próxima!







segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Cliente me chamou, e agora??

Pois bem, amigos e colegas da comunicação... estou retomando as atividades no Blog e espero não fazer um "pause" tão grande daqui para frente...

Antes de retomar, estive pensando: o que seria bacana para voltar com tudo? O que as pessoas querem ler? e lembrei de algo que temos discutido na ABRP RS/SC (sobre isso falamos em outro momento) que tem muito a ver com o que o mercado de trabalho nos apresenta em relação a comunicação e outras áreas.
Há tempos atrás, um profissional estudava e se preparava para ser contratado pelo Sr. Johannpeter, Eike Batista, Roberto Marinho e afins... mas na conjuntura atual, onde buscar estímulo e conhecimento para os chamados empreendedores? Percebo que muitos da minha geração montam suas próprias consultorias e prestadoras de serviço (diga-se de passagem, agora tem nome chique - Coaching), e acabam tendo dificuldades para manter o negócio.

E é nesse momento que eu pergunto: como sobreviver sendo empreendedor? Como saber a melhor forma de conduzir o trabalho? Como entender o que o cliente quer e se realmente eu posso atendê-lo da forma que ele espera? Tantas perguntas me fizeram retomar o blog e, tentar (repito, tentar) responder questões simples para, quem sabe, ajudar àqueles que querem ter sucesso com seu próprio negócio.



Vamos do começo: o cliente te chamou e não sabe por onde começar? Comece com o que ele (cliente) vai mais se preocupar em relação ao seu serviço: O PREÇO. Sim, caro empreendedor, você pode ser o melhor naquilo que faz, pode realizar o sonho da vida dele, mas tudo depende de quando vai sair do bolso do cliente para ter esse sonho realizado por você.

Então, na hora de fazer seu orçamento, o que levar em conta? Listei uns tópicos que considero importante na hora de precificar:


  • O que o cliente quer?
Na sua primeira conversa com ele (seja por telefone ou pessoalmente), tente entender o que, de fato, ele quer. Veja se é possível realizar e se para você é viável ou será uma busca incessante pelo impossível. EVITE tentar entender o seu cliente por e-mail, isso não funciona. E-mail é ótimo, prático e barato, mas ele só é útil mesmo para registro do acerto, para lembrete de informações importantes e para que ele saiba (e você também) que está tratando com um profissional de verdade. Não precisa esmiuçar com ele detalhes de execução, entenda a ideia, o conceito, onde ele quer chegar.

  • Como será o seu envolvimento?
Tente considerar quanto tempo do seu dia você terá que se dedicar para este job. Pense nas noites que vc vai ficar matutando consigo mesmo tentando achar uma solução para fazer o que o cliente pediu. Não esqueça que nem sempre o cliente tem relógio ou calendário... para ele (que está pagando e até pode se achar no direito), ligar as 23h, às 8h do domingo pode não ser um problema. Quanto a isso, lembre-se também que é você, o prestador de serviço, que impõe alguns limites básico de boa convivência.

  • Contatos e parcerias, quem entra com o que?
Analise friamente a demanda e considere se o trabalho depende mais de você e de seus contatos e parceiros ou se o cliente já os tem definidos e pré-articulados.  Pode acontecer de você receber uma solicitação e ter que "se virar nos 30", então, não esqueça que parceiros são valiosos e devem ser contabilizados de alguma forma.

  • E os custos práticos?
Sim, além do envolvimento, das horas necessárias e de sua rede de relacionamentos, não esqueça que existem custos práticos que nem sempre são perceptíveis. Por exemplo, você tem uma linha telefônica, então, automaticamente, acha que não é um custo porque não vai ter que "gastar" a mais do que sua cota mensal. Mas, custos telefônicos devem sim ser considerados, afinal, vai sair do seu bolso, não do dele (a não ser que ele te ceda uma sala linda com internet, telefone, cafezinho e secretária).
Ou seja, todos os custos fixos que você já tem para manter seu empreendimento (seja grande ou pequeno), devem estar na ponta do lápis na hora de fazer o orçamento. Provavelmente, no decorrer do projeto (se ele for aceito pelo cliente), vão aparecer gastos com deslocamento, telefone, um auxiliar, etc. Se você tem uma sede, então, pense que terá uma conta de luz, água, telefone e afins para pagar no fim do mês.
Uma observação bem importante é que tudo isso deve ser levado em consideração, mas NUNCA desconte todo o seu custo fixo em um cliente, não há quem resista a valores absurdos e desnecessários.



  • E o acompanhamos de todo o trabalho? Início, meio e fim?
Ao fechar um acordo com o cliente, tente vislumbrar quanto tempo e de que forma será feita a execução. Se for um evento, por exemplo, lembre-se que começa com os contatos, o acompanhamento das ações, o grande dia e o pós-evento. Neste ponto, leve em consideração também a confiabilidade do seu trabalho. E importante que o cliente confie em quem ele está contratando para saber que você dará "conta do recado". Leve em consideração que você pode levar 15 dias, 1 mês, 6 meses ou até mais para realizar tudo o que o cliente precisa. Relações mais extensas requerem maior cuidado e confiabilidade. Afinal, o investimento será maior.


  • Seu trabalho vale quanto?
Por fim, verifique a qualidade do seu trabalho e quanto você acha que vale o seu serviço. Com certeza, não é fácil fazer isso para si próprio, mas pense: e se você fosse vender seu serviço para si mesmo?? Uma dica para te ajudar a pensar sobre isso é analisar seu histórico de trabalhos na área, que tipo de cliente ja atendeu, o porte de cada um e que feedback recebeu pelo serviço prestado.
Não esqueça de ser sincero consigo mesmo, não banque o esperto e queira cobrar o que não é justo, o cliente pode se assustar e procurar um concorrente, que até não faça tão bem quanto você, mas pelo menos é acessível. Também leve em consideração quem está te contratando, se for uma ONG, por exemplo, seja realista que verba não é o forte dela e tente ser mais amigável. Não precisa deixar de cobrar, mas trabalhos voluntários também podem te trazer prestígio. Mas, se o seu contratante for um sheik árabe... daí tudo é possível.

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Muitos são os fatores fundamentais na hora de fazer um orçamento para um cliente, mas acredito ter listado alguns mais essenciais. Lembre que empreender e ser dono do próprio negócio não significa fazer o que bem entende, da forma que quiser. Negócios que dependem de relações humanas, de recursos, de envolvimento físico e emocional precisam ser colocados na balança. Nunca dê o passo maior que sua perna. Você pode ser ótimo naquilo que faz, mas ter noção de administração de negócio, neste ramo, é fundamental.
Para finalizar o post de hoje,  se tiver dúvida de como cobrar e se o cliente pagaria aquilo que você espera, experimente se colocar no lugar dele e ver se você mesmo se contrataria para o trabalho. Você pode até tentar enganar os outros, mas nunca a si próprio.

Boa sorte!




domingo, 23 de fevereiro de 2014

100 anos e 1000 ideias - Parte IV

Para começar o quarto post referente à #RP100anos, pensei em falar sobre algo bem prático... onde estudar RP e se tornar um bacharel/profissional da área?
Pensando sobre isso, lembro-me de ter visto uma matéria no Guia do Estudante, publicada em janeiro deste ano, sobre os melhores cursos de RP no Brasil. Na lista, somente 1 universidade tem conceito 5 estrelas (USP), enquanto as outras 19, 4 estrelas.
 Entre os estados bem conceituados, o RS lidera com 6 disponibilidades de curso bem conceituadas (são 6, porque a UFSM aparece 2 vezes na lista), SP vem em seguida com 5 universidades. Depois, BA, PR, MG, GO e PB.



 Com isso, me perguntei... e a região norte, o RJ e o DF? E os demais estados do nordeste? Não temos boa formação de RP? Quase que inadmissível ter uma capital do país, com tanto político precisando melhorar a imagem, sem um bom curso de RP. Talvez seja por isso que o Congresso está como está...

Incomodada, fui pesquisar no site do Conselho Federal de Relações Públicas - Conferp, se temos alguma lista oficial de universidades brasileiras que disponibilizam o curso de Relações Públicas e não localizei nada sobre este assunto (Fica a dica para oferecer essa opção!) e fui, então, um a um dos sistemas Conrerp (regionais espalhadas pelo Brasil afora) tentar.

No site do Conrerp 2ª região (de SP e PR), muito bacana por sinal, tem uma lista de 25 universidades que oferecem o nosso curso no estado de São Paulo, enquanto temos mais 5 em todo o estado do Paraná, incluindo as melhores opções para estudar nos dois estados. Só nestes 2 estados são 30 opções, de graduação, para ficar bem claro (a pós vai ficar para o outro post).
Já no site do Conrerp 5ª região (AL/PE/RN/PB/CE/PI), a opção de cursos oferecidos nesta região já está na home. Ao todo, são 9 opções e o site disponibiliza o link direto para cada uma para maiores informações. O mais interessante é que tem duas opções de curso RP no Maranhão, que não faz parte desta região e sim da 6ª (falaremos logo abaixo)... vai entender J
Destes 9, temos 2 cursos no Maranhão, 2 em Pernambuco, 1 no Piauí, 1 na Paraíba, 1 em Alagoas, 1 no Rio Grande do Norte e 1 no Sergipe. Faço aqui um adendo dizendo que achei muito prático, simples e direto este site do Conrerp 5ª Região, fica o elogio!
Para o Conrerp 6ª região (AC/AP/AM/DF/GO/MA/MT/MS/PA/RO/RR), são 10 opções, ressaltando que o Acre, Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul não tem nenhum curso de RP disponível.
Conrerp 1ª região (RJ), 3ª região (MG/ES) e 4ª região (RS/SC) não disponibilizam cursos de RP em seus sites para suas áreas.
Já o Conrerp 7ª região (BA/SE) nem site tem, somente uma fanpage. Mas bem entendível, já que foi a última a ser criada.


Engraçado (e bem duvidoso) que no mesmo Guia do Estudante que disponibiliza as 20 melhores opções de estudo em RP (na forma graduação), tem outro conteúdo sobre onde estudar, de forma generalizada e com conceituação de 3 a 5 estrelas. Ou seja, as ruins mesmo, nem entram na lista. A página é confusa e não muito estimuladora, mas me dei o trabalho de separar e contar...
São as 40 opções no guia:
·    1 opção no Al Maceió Ufal Comun. Soc. (rel. públ.).
·   2 opções no AM Manaus Ufam Comun. Soc. (rel. públ.), Manaus Ciesa Comun. Soc. (rel. públ.)
·  4 opções na BA Salvador Uneb Comun. Soc. (rel. públ.), Unifacs Comun. Soc. (rel. públ.), Lauro de Freitas Unibahia Comun. Soc. (rel. públ.). Salvador UCSal Comun. Soc. (rel. públ. com ênf. em mkt.).
·    1 opção no DF Taguatinga Fac. Anhanguera de Brasília.
·    1 opção em GO Goiânia UFG Comun. Soc. (rel. públ.).
·    1 opção no MA São Luís UF MA Comun. Soc. (rel. públ.).
·    2 opções em MG Belo Horizonte PUC Minas n/i, UFMG Comun. Soc. (rel. públ.).
·    1 opção em MT Várzea Grande Univag Comun. Soc. (rel. públ.) n/i.
·    1 opção no PA Belém Iesam Comun. Soc. (rel. públ.).
·    1 opção na PB João Pessoa UFPB Comun. Soc. (rel. públ.).
·    2 opções em PE Recife Unicap Comun. Soc. (rel. públ.), Recife Esurp Comun. Soc. (rel. públ.).
·   3 opções no PR Londrina UEL Comun. Soc. (rel. públ.), Curitiba PUCPR Comun. Soc. (rel. públ.), UFPR Comun. Soc. (rel. públ.).
·   1 opção no RJ Rio de Janeiro Uerj Comun. Soc. (rel. públ.).
·  9 opções no RS Porto Alegre PUCRS Comun. Soc. (rel. públ.) Caxias do Sul UCS Comun. Soc. (rel. públ.). novo Hamburgo Feevale n/i. Porto Alegre UFRGS Comun. Soc. (rel. públ.). Santa Cruz do Sul Unisc Comun. Soc. (rel. públ.). Santa Maria UFSM Comun. Soc. (rel. públ.). São Leopoldo Unisinos, Canoas Ulbra Comun. Soc. (rel. públ.). Ijuí Unijuí Comun. Soc. (rel. públ.).
·   1 opção em SC Itajaí Univali.
·   9 opções em SP São Paulo USP Comun. Soc. (rel. públ.) Bauru Unesp Comun. Soc. (rel. públ.). Campinas PUC-Campinas. São Paulo Cásper, Bauru USC Comun. Soc. (rel. públ.). Santos Unisantos Comun. Soc. (rel. públ.) n/i. São Bernardo do Campo Metodista, São Paulo Belas Artes, Sorocaba Uniso Comun. Soc. (rel. públ.). Taubaté Unitau

Vale lembrar que esta lista não é oficial, são as consideradas pelo Guia do Estudante como as “aceitáveis”, uma vez que são 3, 4 ou 5 estrelas no conceito geral. Deve ter muito mais por aí que sequer tem uma divulgação (o que me faz questionar muito para um curso de RP que estimula a defesa de imagem).
Concluindo, contei contei e não sei sinceramente a quantidade de universidades que oferecem a graduação em RP e nem onde. Mundo ideal seria ter um lugar onde a gente possa indicar para os interessado nesta graduação que possa ser possível escolher e ingressar.
De toda forma, acho que essas informações já ajudam!
  
Próximo post, mais  #RP100anos !


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

100 anos e 1000 ideias - Parte III

Ainda aproveitando a temática #RP100anos, vamos começar a segmentar ou pouco mais a profissão.
Até o momento, já entendemos o que faz de forma abrangente um RP, qual seu símbolo maior e falamos de algumas modalidades da profissão... mas, RP é só festinha?

Pensando exatamente nisso, comecei a pesquisar um pouco os nichos principais da área (seria humanamente impossível listar todas as atividades mais peculiares!) e percebi que, assim como os médicos, cada RP empresta seu conhecimento da sua maneira, para um foco específico do mercado.

Vamos a eles:
Planejamento Estratégico: como o próprio nome já diz, é o cara que planeja, mas nem sempre executa! Teoricamente, esse profissional é responsável pela construção da missão da empresa (qual a razão de ser dela?), da visão (aonde ela quer chegar?), dos valores (que princípios a norteiam) e as estratégias e seus desdobramentos (responsáveis pela forma de como alcançar a visão estabelecida).

Marketing Institucional: não muito diferente do planejamento estratégico, esta área esta ligada a construção e manutenção de Imagem da Empresa. Fazer com que a organização obtenha reconhecimento e tenha credibilidade diante de seus públicos é uma tarefa de quem foca na Identidade Organizacional. Na verdade, o marketing institucional pode ser visto como um complemento do Planejamento Estratégico.

Responsabilidade Social / Sustentabilidade: não sou uma expert no assunto, mas dentro do Planejamento Estratégico e do Marketing Institucional, há uma área específica que aborda as questões sociais, ambientais e civis. Fazer da organização um exemplo de postura cidadã não é tarefa fácil, por isso muitos profissionais se especializam somente nesta imagem mais social da organização. Lembrando que sustentabilidade não está ligada somente ao meio ambiente e questões de reaproveitamento, ok?

Assessoria de Comunicação: Essa é a mais disputada... não entre os RPs, mas entre Jornalistas e RPs. Uns dizem que é papel do jornalista, outros que é função da nossa área, mas o fato é que o RP é o entendedor de instrumentos de comunicação. O Jornalista, que é bem fundamental também, restringe-se a função contato com a mídia. Para quem tem dúvidas, somos sim habilitados a fazer releases e press-releases, ser a cara para bater da organização que defendemos. Penso que às vezes o equivoco acontece porque a função de assessoria de Imprensa e parecida no nome e um pouco nas atividades, esta sim, de responsabilidade do Jornalista. Enfim, a discussão para esta temática é longa, mas há espaço para todos, contando que o RP seja reconhecido como Assessor de Comunicação :)

Pesquisa de Opinião Pública: Ah, a pesquisa! Quem gosta de receber críticas, por mais que elas sejam construtivas? Esse profissional tem o foco na opinião dos públicos em relação à empresa, seus produtos, suas crenças, sua imagem. O famoso “deixe sua mensagem aqui”, o formulário de avaliação, o questionamento de intenção de compra... seja de forma impressa ou online, saber o que o público pensa e quer é fundamental para fortalecer a imagem da organização.

Administração de crises: esse cara é definitivamente meu ídolo dentro da profissão, porque o foco dele é apagar incêndio e claro, prevenir para que ele não aconteça. Imagine que caiu um avião da TAM e não há sobreviventes... já parou pra pensar que a posição do RP é a que mais vai ser questionada? O RP está lá pra isso, acalmar os ânimos, justificar o erro e apresentar a forma de atuação da empresa para corrigir e amparar diante desta situação. Segundo o decreto DECRETO 63283/68é atividade específica do RP o assessoramento na solução de problemas institucionais que influam na posição da entidade perante a opinião pública”.

Gestão de Eventos: Enfim, minha praia! Já falei tantas vezes na importância dos eventos que não tenho a pretensão de me tornar chata. Estou desenvolvendo um projeto para tentar o mestrado justamente neste foco... acredito muito que evento é uma ferramenta segmentada (e diferenciada) de marketing institucional e mercadológico. Em qualquer área eles são um acontecimento único que atrai e fideliza muito o público. Congressos empresariais e acadêmicos, workshops, lançamento de pedra fundamental, Brunch de boas-vindas, convenção de final de ano.... seja qual for o motivo, evento sempre será bem-visto porque é um marco para a organização.

Docência em Ensino Superior: sim, para o curso de Relações Públicas, somente um RP pós-graduado em nível mestre pode dar aulas. Teoria das Relações Públicas, Comunicação Dirigida, Eventos... todos esses temas próprios da área devem ser ministrados por profissionais gabaritados.


Não preciso falar que estes são apenas alguns exemplos de área de atuação dentro da profissão. Sim, faltou muita coisa, mas talvez os mais comuns e percebidos pelos públicos sejam estes acima. Contudo, é extremamente importante saber que um RP não sai fazendo tudo de qualquer forma... temos nichos, valores e ideias particulares. Afinal, o que seria do verde se todo mundo só gostasse do amarelo? E o que seria das mulheres se não existem os ginecos e só os urologistas?
Já diria uma poética canção não muito antiga: “ado, aado, cada um no seu quadrado”. Mas todos, no fundo, estão interligados!


Lembrando que estas denominações são uma visão pessoal de acordo com as teorias de Kusch, Simões, Cesca, Conrerps e afins.
E tenho dito!


Próximo post, a gente continua com  #RP100anos !


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

100 anos e 1000 ideias - Parte II


Como prometido, vamos continuar a temática #RP100anos.


Enfim, estava pensando sobre o que falar primeiro e lembrei de cara dos golfinhos! Bom, para você que pé leigo no assunto, pode achar que fiz uma analogia ao verão e nadar nas águas de Fernando de Noronha com esta adoráveis criaturas, mas, de fato, não estou podendo no momento curtir essa sensação.
Pois bem, por que golfinhos? Qual sua relação com os Rps?? Resposta: Tudo a ver com tudo. Golfinhos Rotadores (não qualquer fofinho que você vê no mar) são o símbolo da profissão.

Lindos, não? Mas certamente você deve estar se perguntando: por que? RP gosta tanto de aparecer que podia ser um leão, que é o rei da selva... ou, fala tanto pelos cotovelos que o melhor símbolo seria o papagaio...


Bom, vamos a explicação pela escolha: segundo o Conrerp 6ª Região, “entre as 7 espécies mais conhecidas de golfinhos, os rotadores são os mais comunicativos e sociáveis...” Sim, somos sociáveis, mas, sinceramente, é bem mais do que isso. Golfinhos rotadores são estrategistas e, embora gostem de vencer, são uma espécie que não necessita que ninguém saia perdendo para se sobressair.

Segundo o Info Escola, eles são conhecidos como golfinhos rotadores, porque possuem um comportamento em que realizam saltos de até 360°, no qual acredita-se que está associado a comunicação entre indivíduos e grupo. Eles tem o hábito de viver em grupos, ou seja, um RP vai do 8 ao 80 em função da boa comunicação com seus stakeholders.

Para comprovar isso, a ONG Centro Golfinho Rotador, que estuda essa espécie há mais de 20 anos e é patrocinada pela Petrobras, explica que os golfinhos rotadores vivem em alto mar, sempre em grandes grupos e os famosos rodopios são, na verdade, uma forma desses animais se comunicarem e, assim, manterem a organização dentro de seus bandos.
(Fonte desta informação: Planeta Sustentável - Abril)

Simples e claro, golfinhos e RPs são comunicativos, sociáveis, vivem em grupos e são extremamente organizados para que sua estratégia funcione. Precisa dizer mais alguma coisa?


Próximo post, seguimos essa comemoração do #RP100anos!


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

100 anos e 1000 ideias


Hoje, 30 de janeiro, estamos comemorando os 100 anos da profissão de Relações Públicas, fato que nos faz pensar que é, relativamente, uma profissão nova com esta denominação, mas tão antiga quanto andar para trás...

(Contribuição da Imagem Webster Moreira)


Só para entender, segundo explicação breve de Wikipedia,
“o primeiro Departamento de Relações Públicas, com essa denominação, criado no Brasil surgiu em 30 de janeiro de 1914. Pertencia à "Light" (The Light and Power Co. Ltda.), companhia canadense estabelecida no Brasil e concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo da cidade de São Paulo (SP)”.

Por isso, #RP100anos
Enfim, muito antes disso Jesus Cristo já veio para ser o RP do Todo Poderoso, justificando o seu sacrifício em função do amor divino... isso é ou não é um ótimo RP celeste?? Só que na época, não tinha este nome, era só o Salvador mesmo. Aliás, é o que definitivamente um relações públicas é: um salvador das crises, um diagnosticador de situações e um planejador de ações.
Assim como um médico, RP existe para salvar alguém de alguma coisa, seja para prevenir ou para apagar o incêndio. Também na nossa profissão nos dividimos em áreas, alguns pendem para o planejamento, outros, para a sustentabilidade... eu, por exemplo, caí nas graças dos eventos corporativos (se você disse que RP é o cara que faz festinha, além de não entender nada, cortamos relações!)

Enfim, isso me lembra de porque estou na profissão desde 2006 (ainda na faculdade que só terminou em 2009). Na época, não escolhi RP, ela me escolheu como se pressentisse mais um instrumento da comunicação que agrega alguma coisa a alguém. Quando entrei naquela coordenação de Comunicação e um jornalista me disse que eu tinha perfil de RP, pensei: que ótimo, mas não tenho ideia do que é isso!

Bom, hoje eu sei, eu defendo e, mais do que isso, eu acredito na escolha feita. Ter encontrado nesta caminhada, pessoalmente, Margarida Kunsch e Roberto Simões vai muito além da emoção de um dia encontrar o Bono Vox (e olha que eu acho ele super bono!).


Mas afinal, o que é um RP? Para que ele serve? No post neste mesmo Blog feito em 18 de dezembro passado eu tentei responder sobre isso, espero que vocês compreendam. Eis o link pra não ficar pesquisando:

Pra finalizar e não ficar chato para hoje, vou falar um pouco mais sobre a profissão e suas funcionalidades durante todo o mês de fevereiro, fique a vontade para acompanhar! (Aceito sugestões...)



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Santíssima Trindade em eventos formais

Já parou para observar que quando você chega numa solenidade com certa formalidade, como uma formatura, um congresso, um seminário, existe um detalhe que passa quase despercebido, mas que é fundamental? Sim, são as bandeiras... Indiferente da quantidade, elas são necessárias porque fazem parte de um protocolo formal para eventos.
Confesso, não é tão simples quanto parece organiza-las em uma ocasião, não basta colocar todas lado a lado e pronto. Há regras específicas para a disposição das mesmas e é disso que vamos falar agora:
Primeiro, pense comigo: em que país você está? Essa é a primeira dica para saber qual a bandeira a ser disposta primeiro... a partir dela, todas as outras. A Bandeira do Brasil, sempre está no centro, porque, definitivamente, ela deve ser o “centro das atenções” (trocadilho horrível, mas vale para a lembrança).


Se o seu evento terá número impar de bandeiras dispostas, tranquilo, Brasil no centro e não tem erro. Mas, se você dispor, por exemplo, 4 bandeiras, vamos a outra dica para saber onde ela estará: lembre-se do que você aprendeu na catequese (se não teve uma, viu isso em uma novela). Aula gratuita de religião: Santíssima Trindade – Deus Pai Todo Poderoso está no centro (entende-se aqui, Bandeira do Brasil). A sua direita, Deus Filho, o segundo mais importante e, à esquerda do Todo Poderoso, o Espirito Santo... confesso, não sou eximia conhecedora do assunto, mas o básico é como andar de bicicleta.
A mesma regra utilizada pela Santíssima Trindade se aplica às bandeiras... se você não tem um centro (disposição de bandeiras impares), qual o lugar mais importante? A direita do “centro imaginário”. Vou desenhar pra ficar mais simples:


Não, você não está maluco, para quem vê de frente, a Bandeira Principal está à esquerda, mas imagina que você está no centro delas e que a mais importante está à sua direita, não à direita de quem vê... complexo, mas nada que este desenho não deixe claro. É só lembrar da ordem de precedência da Santíssima Trindade.

Seguindo a linha de raciocínio do país q você está ser o mais importante... o que vem em segunda instância?? Sim, ponto para você que disse seu estado. Então, a ordem até agora é: Bandeira do Brasil, Bandeira (no meu caso) do RS. Sucessivamente, a terceira bandeira a ser disposta será a da sua cidade. Veja nas ilustrações para ficar mais simples:



Essa seria a forma mais simples para você dispor bandeiras em sua solenidade. Mas, se a instituição (empresa, universidade e afins) fizer questão de colocar seu representante lá, não se desespere, ela será a quarta na ordem de precedência e, voltando a questão bandeiras pares, ficaria desta forma:


Há ocasiões que dispõe-se muito mais bandeiras, mas vou me ater a uma explanação simples. Se você quiser saber mais a fundo, procure um manual de eventos, como este disposto no site PATRIOTISMO.ORG

Bom, mesmo que você não seja um organizador de eventos e não tenha a preocupação de dispor bandeiras em uma solenidade, na próxima formatura que for de um amigo ou parente preste atenção se elas estarão lá na ordem correta. Posso afirmar que, se nem lá tiverem, isso é uma falha grave de protocolo e deve ser punida. Com os símbolos nacionais ou regionais não se brincam. Aproveite aquele momento em que tá todo mundo esperando os formandos entrarem para ocupar seu tempo com alguma coisa diferente, pode até puxar assunto com a moça (o) bonita (o) ao seu lado e mostrar que tem conhecimento de algo, digamos, diferente.


Boa sorte!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Natal x Marketing de Guerrilha


Com as festas de final de ano, muito se fala em comércio, Papai Noel, Árvore de Natal e afins. Muitas vezes o próprio espírito natalino fica esquecido, ou pior, é confundido com uma simples troca de presentes. Mas, você já parou pra pensar o quanto de marketing de guerrilha existe em função desta data? Ou seria ao contrário?
Há alguns anos atrás, se valorizava a questão da solidariedade, humanidade e espírito fraterno... aquela coisa toda do nascimento do Menino Jesus.
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Hoje, o Natal já começa em meados de outubro, com promoções, possibilidade de pagamento só em fevereiro ou com o 13º salário. Justamente aí que me pergunto:  natal virou um objeto de marketing? Se sim ou não, vamos à parte prática que dificilmente as pessoas se dão conta:
Marketing de Guerrilha é uma técnica de marketing muito utilizada em tempos atuais, no qual a estratégia não é convencional e tem como fundamento a publicidade alternativa de custo reduzido. A ideia é explorar a divulgação de forma barata, através de campanhas boca-a-boca, espaços em mídia de forma informal e gratuita, panfletos simples e reduzidos.
Ou seja, o propósito por vender muito e lucrar mais entre os comerciantes se torna uma disputa acirrada pelo cliente, mas nem sempre quem vende tem a intenção de tornar seu cliente único, segmentado, fidelizado. Em épocas como o natal, o foco é vender, seja da forma que for, pra quem for e isso é o que diferencia o marketing de guerrilha para outros trabalhos de marketing, mesmo que para o comércio.
Bom ou ruim, para quem tem pouco dinheiro e muito coração para presentear, apostar em quem se utiliza do marketing de guerrilha, sempre é uma possibilidade de negócio. O ideal é que as pessoas sejam conscientes de que o natal é mais do que um locutor na frente da loja, mais do que uma notinha no jornal, mais do que a compra de qualquer coisa, mesmo que para um ente querido.
Valorizo o negociante que foca em um público específico, que não se sujeita a fazer o preço mais baixo que o concorrente e está mais interessado em manter uma relação com o seu cliente, dando atenção e um produto de alta qualidade. Para os adeptos do marketing de guerrilha natalino, não acho errado, só acho que o marketing, tão bem visto e explorado na comunicação, neste caso, é um trabalho muito mais publicitário comercial do que institucional ou agregador.

Para quem quiser saber um pouco mais sobre este assunto, sugiro a leitura de Al Ries & Jack Trout - Marketing de Guerra. Em 1986 era a 6ª edição, acredito que tenha uma versão um pouco mais nova. Muito minuciosa e explicativa a leitura.
Marketing de Guerra


Finalizando, para quem compra muito ou pouco, para quem tem espirito natalino ou não, Feliz Natal... e boas compras!