Com
as festas de final de ano, muito se fala em comércio, Papai Noel, Árvore de
Natal e afins. Muitas vezes o próprio espírito natalino fica esquecido, ou
pior, é confundido com uma simples troca de presentes. Mas, você já parou pra
pensar o quanto de marketing de guerrilha existe em função desta data? Ou seria
ao contrário?
Há
alguns anos atrás, se valorizava a questão da solidariedade, humanidade e
espírito fraterno... aquela coisa toda do nascimento do Menino Jesus.
Hoje,
o Natal já começa em meados de outubro, com promoções, possibilidade de
pagamento só em fevereiro ou com o 13º salário. Justamente aí que me
pergunto: natal virou um objeto de
marketing? Se sim ou não, vamos à parte prática que dificilmente as pessoas se
dão conta:
Marketing
de Guerrilha é uma técnica de marketing muito utilizada em tempos atuais, no
qual a estratégia não é convencional e tem como fundamento a publicidade
alternativa de custo reduzido. A ideia é explorar a divulgação de forma barata,
através de campanhas boca-a-boca, espaços em mídia de forma informal e
gratuita, panfletos simples e reduzidos.
Ou
seja, o propósito por vender muito e lucrar mais entre os comerciantes se torna
uma disputa acirrada pelo cliente, mas nem sempre quem vende tem a intenção de
tornar seu cliente único, segmentado, fidelizado. Em épocas como o natal, o
foco é vender, seja da forma que for, pra quem for e isso é o que diferencia o
marketing de guerrilha para outros trabalhos de marketing, mesmo que para o
comércio.
Bom
ou ruim, para quem tem pouco dinheiro e muito coração para presentear, apostar
em quem se utiliza do marketing de guerrilha, sempre é uma possibilidade de
negócio. O ideal é que as pessoas sejam conscientes de que o natal é mais do
que um locutor na frente da loja, mais do que uma notinha no jornal, mais do
que a compra de qualquer coisa, mesmo que para um ente querido.
Valorizo
o negociante que foca em um público específico, que não se sujeita a fazer o
preço mais baixo que o concorrente e está mais interessado em manter uma
relação com o seu cliente, dando atenção e um produto de alta qualidade. Para
os adeptos do marketing de guerrilha natalino, não acho errado, só acho que o
marketing, tão bem visto e explorado na comunicação, neste caso, é um trabalho
muito mais publicitário comercial do que institucional ou agregador.
Para
quem quiser saber um pouco mais sobre este assunto, sugiro a leitura de Al
Ries & Jack Trout - Marketing de Guerra. Em 1986 era a 6ª edição,
acredito que tenha uma versão um pouco mais nova. Muito minuciosa e explicativa
a leitura.
Finalizando,
para quem compra muito ou pouco, para quem tem espirito natalino ou não, Feliz
Natal... e boas compras!