Ainda aproveitando a temática
#RP100anos, vamos começar a segmentar ou pouco mais a profissão.
Até o momento, já entendemos o
que faz de forma abrangente um RP, qual seu símbolo maior e falamos de algumas
modalidades da profissão... mas, RP é só festinha?
Pensando exatamente nisso, comecei
a pesquisar um pouco os nichos principais da área (seria humanamente impossível
listar todas as atividades mais peculiares!) e percebi que, assim como os
médicos, cada RP empresta seu conhecimento da sua maneira, para um foco específico do mercado.
Vamos a eles:
Planejamento
Estratégico: como o próprio nome já diz, é o cara
que planeja, mas nem sempre executa! Teoricamente, esse profissional é responsável
pela construção da missão da empresa (qual a razão de ser dela?), da visão (aonde
ela quer chegar?), dos valores (que princípios a norteiam) e as estratégias e
seus desdobramentos (responsáveis pela forma de como alcançar a visão
estabelecida).
Marketing
Institucional: não muito diferente do planejamento
estratégico, esta área esta ligada a construção e manutenção de Imagem da
Empresa. Fazer com que a organização obtenha reconhecimento e tenha
credibilidade diante de seus públicos é uma tarefa de quem foca na Identidade
Organizacional. Na verdade, o marketing institucional pode ser visto como um
complemento do Planejamento Estratégico.
Responsabilidade
Social / Sustentabilidade: não sou uma expert no assunto,
mas dentro do Planejamento Estratégico e do Marketing Institucional, há uma
área específica que aborda as questões sociais, ambientais e civis. Fazer da
organização um exemplo de postura cidadã não é tarefa fácil, por isso muitos
profissionais se especializam somente nesta imagem mais social da organização.
Lembrando que sustentabilidade não está ligada somente ao meio ambiente e
questões de reaproveitamento, ok?
Assessoria
de Comunicação: Essa é a mais disputada... não entre
os RPs, mas entre Jornalistas e RPs. Uns dizem que é papel do jornalista,
outros que é função da nossa área, mas o fato é que o RP é o entendedor de
instrumentos de comunicação. O Jornalista, que é bem fundamental também,
restringe-se a função contato com a mídia. Para quem tem dúvidas, somos sim
habilitados a fazer releases e press-releases, ser a cara para bater da
organização que defendemos. Penso que às vezes o equivoco acontece porque a
função de assessoria de Imprensa e parecida no nome e um pouco nas atividades,
esta sim, de responsabilidade do Jornalista. Enfim, a discussão para esta
temática é longa, mas há espaço para todos, contando que o RP seja reconhecido
como Assessor de Comunicação :)
Pesquisa de Opinião Pública: Ah,
a pesquisa! Quem gosta de receber críticas, por mais que elas sejam construtivas?
Esse profissional tem o foco na opinião dos públicos em relação à empresa, seus
produtos, suas crenças, sua imagem. O famoso “deixe sua mensagem aqui”, o
formulário de avaliação, o questionamento de intenção de compra... seja de
forma impressa ou online, saber o que o público pensa e quer é fundamental para
fortalecer a imagem da organização.
Administração
de crises: esse cara é definitivamente meu ídolo dentro da profissão,
porque o foco dele é apagar incêndio e claro, prevenir para que ele não
aconteça. Imagine que caiu um avião da TAM e não há sobreviventes... já parou
pra pensar que a posição do RP é a que mais vai ser questionada? O RP está lá
pra isso, acalmar os ânimos, justificar o erro e apresentar a forma de atuação
da empresa para corrigir e amparar diante desta situação. Segundo o decreto DECRETO
63283/68 “é atividade específica do
RP o assessoramento na solução de problemas institucionais que influam na
posição da entidade perante a opinião pública”.
Gestão
de Eventos: Enfim, minha praia! Já falei tantas
vezes na importância dos eventos que não tenho a pretensão de me tornar chata. Estou
desenvolvendo um projeto para tentar o mestrado justamente neste foco...
acredito muito que evento é uma ferramenta segmentada (e diferenciada) de
marketing institucional e mercadológico. Em qualquer área eles são um acontecimento
único que atrai e fideliza muito o público. Congressos empresariais e
acadêmicos, workshops, lançamento de pedra fundamental, Brunch de boas-vindas,
convenção de final de ano.... seja qual for o motivo, evento sempre será
bem-visto porque é um marco para a organização.
Docência
em Ensino Superior: sim, para o curso de Relações
Públicas, somente um RP pós-graduado em nível mestre pode dar aulas. Teoria das
Relações Públicas, Comunicação Dirigida, Eventos... todos esses temas próprios
da área devem ser ministrados por profissionais gabaritados.
Não preciso falar que estes são apenas alguns exemplos de área de atuação dentro da profissão. Sim, faltou muita coisa, mas talvez os mais comuns e percebidos pelos públicos sejam estes acima. Contudo, é extremamente importante saber que um RP não sai fazendo tudo de qualquer forma... temos nichos, valores e ideias particulares. Afinal, o que seria do verde se todo mundo só gostasse do amarelo? E o que seria das mulheres se não existem os ginecos e só os urologistas?
Já diria uma poética canção não
muito antiga: “ado, aado, cada um no seu
quadrado”. Mas todos, no fundo, estão interligados!
Lembrando que estas denominações
são uma visão pessoal de acordo com as teorias de Kusch, Simões, Cesca,
Conrerps e afins.
E tenho dito!
Próximo post, a gente
continua com #RP100anos !
Mais uma vez você arrebentando!! Parabéns pelo ótimo trabalho!!!
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